O ‘xerife’ da quadrilha é Márcio Ramalho Diogo, de 34 anos, mais conhecido como “Garrote”. Foto: Divulgação

Conheça o ‘xerife’ do massacre no presídio de Manaus

A Polícia Federal identificou o bandido que comandou de dentro da cadeia a rebelião que deixou pelo menos 60 mortos em Manaus.

MANAUS/AM – A  Polícia Federal já conseguiu identificar um dos lideres da facção criminosa Família do Norte (FDN), que comandou de dentro da cadeia o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde no mínimo 56 presos foram mortos e outros 4 presos mortos na unidade Puraquequara, totalizando no mínimo 60 mortos, neste último domingo (1), em Manaus. O ‘xerife’ da quadrilha é Márcio Ramalho Diogo, de 34 anos, mais conhecido como “Garrote”. Ele aparece numa selfie tirada pelos criminosos festejando as mortes, após a chacina. Ele está ao fundo com um boné vermelho na cabeça.

O ‘xerife’ da quadrilha é Márcio Ramalho Diogo, de 34 anos, mais conhecido como “Garrote”. Foto: Divulgação

O ‘xerife’ da quadrilha é Márcio Ramalho Diogo, de 34 anos, mais conhecido como “Garrote”. Foto: Divulgação

'Garrote' (boné vermelho), no meio dos demais criminosos ao registrar self após o massacre. Foto: Divulgação

‘Garrote’ (boné vermelho), no meio dos demais criminosos ao registrar self após o massacre. Foto: Divulgação

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF no Amazonas, conseguiu identificar o ‘xerife’ justamente por causa da foto de comemoração entre os criminosos. Márcio é conhecido como um bandido frio e violento, ele teria sido promovido pela facção, e dentro da cadeia, era ele quem decidia as penas que eram aplicadas aos presos. As penas variavam de ferimentos graves até a pena de morte. O criminoso é o homem de confiança de ‘Zé Roberto da Compensa’, um dos líderes da quadrilha.

Uma das maiores operações que já foi feita no país para combater o tráfico de drogas, em novembro de 2015, conhecida como Operação La Muralla, tinha como um dos objetivos principais, acabar com a comunicação da quadrilha FDN, do primeiro ao segundo escalão. Que era disseminar comunicação dos escalões com quem estava nas ruas e com quem estava dentro dos presídios.

 Durante a operação a PF consegui prender 19 integrantes da facção, que foram levados para presídios federais. Eles eram responsáveis pelo contrabando de armas, drogas e entorpecentes. Outros 40 integrantes ficaram em um sistema conhecido como Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), dentro de Manaus.

Segundo os investigadores que já vinham acompanhado o caso, a operação teria dado certo, já que teria causado um baque na quadrilha. Pois ocasionou uma quebra financeira e estrutural na facção.

O prazo de punição do castigo conhecido como RDD, acaba em um ano. E com isso facilitou a articulação da chacina, já que alguns desses indivíduos já estão de volta ao convívio. Em consequência disso foi a agilidade em tomar e repassar as ordens dadas pelos agentes do Crime.

De acordo com o delegado federal Rafael Caldeira, assim que o criminoso saiu do castigo foi comandar a rebelião em Manaus. “Garrote” quando foi capturado por sua longa ficha criminal é caracterizado como um bandido cruel, na época de sua prisão ele negou qualquer envolvimento com a FDN, porém a selfie dos criminosos não deixam dúvidas de seu envolvimento com a quadrilha.

blastingnews.com

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