Juliana Amorim, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e a mãe acusada de torturar a filha, de apenas 7 anos. Foto: Extra.com

Mãe consentia estupro para que menor sofresse, afirma polícia

Segundo as autoridades, após ser presa, mãe afirmou que tinha nojo da filha.

NILÓPOLIS/RJ – Em coletiva de imprensa sobre o caso da mãe que deixava filha de 7 anos ser estuprada em Nilópolis, na Baixada Fluminense, os delegados responsáveis pelas investigações afirmaram que a responsável disse que sentia nojo da criança.

Juliana Amorim, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e a mãe acusada de torturar a filha, de apenas 7 anos. Foto: Extra.com

Juliana Amorim, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e a mãe acusada de torturar a filha, de apenas 7 anos. Foto: Extra.com

De acordo com Juliana Amorim, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a mãe consentia os abusos e já tinha até abandonado a filha no passado. Ela chegou a afirmar que tinha nojo da menor e que por isso não se importava em vê-la sendo alvo de estupros seguidos.

Os dois suspeitos de estuprar e submeter a maus tratos a menor já foram identificados e seguem sendo procurados. Já a mãe da vítima foi detida em Nilópolis, no momento em que tentava empreender fuga para uma comunidade na cidade do Rio de Janeiro.A delegada que concedeu entrevista coletiva fez uma retrospectiva do caso, dizendo que já no nascimento a criança foi abandonada, depois criada por várias pessoas, sendo alvo de violências repetidas só cessadas agora, com a intervenção policial.

Após voltar a ser criada pela mãe, a menina foi submetida a todo tipo de tratamento indigno. Uma das hipóteses que explicaria esse tratamento dado pela progenitora pode ser o fato dela também ter sido vítima de estupro e abusos repetidos ao longo da vida. Essa linha de investigação ainda merece mais apurações. Por enquanto, o que as autoridades sabem é que a mulher tem mais oito filhos e sentia satisfação em ver a mais nova sofrer.

Conforme informou o delegado Rodrigo Bechara, que também trabalha no caso, a suspeita afirmava para outra filha que a menor ‘tinha que sofrer mesmo’. Outro detalhe que dá elementos ainda mais pérfidos ao caso é o depoimento da filha mais velha, de 12 anos. Ela relatou que a maioria dos crimes ocorria na frente dos outros irmãos e irmãs da vítima.

A mãe foi objeto de prisão temporária por 30 dias. Já a vítima foi encaminhada para uma UTI pediátrica, onde segue recebendo cuidados intensivos.

A presa tem 44 anos de idade e já respondeu por maus tratos a menor e por tráfico de drogas. Dentre os suspeitos que ela permitia que entrassem em sua residência para cometer os crimes sexuais estão um avô de criação e até mesmo o próprio pai da menor.

Uma testemunha relatou que eles inseriam objetos no corpo da vítima, o que foi comprovado por exames médicos.

A polícia foi acionada e começou a investigar o caso no dia 5 de dezembro, quando a mãe levou a filha para uma unidade de saúde dizendo que ela tinha caído e machucado a cabeça. Os profissionais de saúde desconfiaram das lesões. Eles chegaram à conclusão de que a paciente era, na verdade, vítima de maus tratos seguidos e resolveram chamar a polícia.

A mulher foi presa em flagrante e as investigações se aprofundaram até a constatação de que crimes sexuais eram repetidamente cometidos contra a menor.

Extra.com

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!