Penitenciária de Andradina é considerada neutra na guerra das facções, mas abriga detentos dissidentes oriundos de várias delas. FOTOS: MANOEL MESSIAS/Agência

Guerra de facções provoca morte de preso na penitenciária de Andradina

ANDRADINA – A Polícia Civil registrou na noite de sábado (25), a morte por estrangulamento do presidiário Rafael de Azevedo Rodrigues de 29 anos, nascido na cidade de Marília/SP, encontrado morto em uma das celas da penitenciária de Andradina. Seu corpo foi retirado da unidade prisional por uma empresa funerária da cidade e encaminhado ao IML – Instituto Médico Legal. O homicídio foi registrado no plantão da Delegacia Seccional de Andradina. A Secretaria de Administração Penitenciária, diz que abriu procedimento para apurar morte e que foi instaurado inquérito.

A morte do detento foi constatada quando um agente prisional foi chamado por um preso, o lavrador Rodrigo Ferreira de Matos, de 34 anos, nascido na cidade de Irapuá/SP, informando do homicídio que acabara de cometer. Depois de confirmado a morte do detento, unidades de pronta intervenção deram respaldo para a retirada do corpo.

Segudo informações, questionado por agentes policiais do plantão policial que foram ao local para ouvi-lo sobre a motivação do crime, o detento disse que pertence à facção criminosa “Cerol Fino” e que não gostava da vítima por supostamente pertencer a outra facão. Por esse motivo decidiu matar o rival usando o método por estrangulamento, valendo-se de sua compleição física avantajada em relação a ela.

O delegado plantonista foi até a penitenciária para ouvi-lo e, depois de certificado da culpabilidade, decretou a prisão por mais um homicídio, já que ele está preso depois de condenado por outro homicídio fora da prisão. 

“CEROL FINO”

Formada no ano de 2013 essa facção criminosa é atualmente uma das mais temidas dentre as existentes no Estado de São Paulo, e esse fato se dá tendo em vista o modo como a mesma age para dar fim aos seus inimigos. Escolheram usar o nome de “Cerol Fino” tendo em vista o mesmo ter um grande poder de corte, trazendo inclusive várias mortes aos que passavam de motocicleta e esbarravam nessas linhas cortantes.

“A facção criminosa Cerol Fino, formada há poucos anos nas prisões paulistas, é suspeita de assassinar, de modo cruel, dois rivais na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau: além de sofrer estrangulamento, os detentos tiveram a região do abdome cortada à navalha e as vísceras arrancadas. Agentes penitenciários afirmaram que, desde sua criação, ao menos outros 11 homicídios foram cometidos pela facção em unidades prisionais do Estado. Em Andradina também já foi registrado caso semelhante quando detento morto teve arrancados coração, cabeça e demais vísceras.

O grupo seria formado por dissidentes da principal facção criminosa paulista (PCC), de quem seria rival atualmente,

ESTADO

De acordo com a Polícia Civil, as forças de segurança mantém o monitoramento e vigilância dessas facções. “Temos departamentos especializados que monitoram as quadrilhas através de escutas e grampos telefônicos”.

Estudos demonstram a existência desse bando sedicioso em ao menos nove Unidades Prisionais paulistas que são as da cidade de: Presidente Venceslau, Serra Azul, Sorocaba, Tupi Paulista, Andradina, Balbinos, Guareí, Itirapina, Presidente Prudente, mas há boatos que estão se espalhando por outras cidades em busca de outros territórios prisionais.

OUTRAS FACÇÕES

Além do PCC – Primeiro Comando da Capital, a maior do sistema prisional brasileiro, agem dentro e fora dos presídios do país, o CV – Comando Vermelho, ADA – Amigos dos amigos, a SS (Seita Satânica), o CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade), o CDL (Comando Democrático da Liberdade), o CJVC (Comando Jovem Vermelho da Criminalidade), o CDL (Comando Democrático da Liberdade) e a SN (Serpente Negra). (com sites especializados).

MIL NOTICIAS/Agência

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