Tiago Montagnini foi preso pela Polícia Federal em Rio Preto (SP) — Foto: Arquivo pessoal

MPF denuncia ex-funcionário da PF suspeito de desviar mais de R$ 10 milhões de sistema de devolução de armas

Tiago Montagnini foi denunciado por inserir informações falsas em sistema de desarmamento do Ministério da Justiça. Mandado de prisão contra ele foi cumprido no dia 21 de dezembro no bairro Tarraf, em São José do Rio Preto (SP).

RIO PRETO – O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-funcionário terceirizado do setor de tecnologia da Polícia Federal suspeito de desviar mais de R$ 10 milhões do sistema Desarma, do Ministério da Justiça. Tiago Montagnini foi preso preventivamente no dia 21 de dezembro no bairro Tarraf, em São José do Rio Preto (SP).

Conforme apurado pela TV TEM, Montagnini foi denunciado por estelionato majorado com causa de aumento de um terço por ser um crime cometido contra o Direito Público da União. O ex-funcionário está preso no Centro de Detenção Provisória de Rio Preto.

As investigações apontaram que o ex-funcionário possuía uma senha de acesso ao sistema e inseria dados falsos no Detecta, programa de desarmamento onde o cidadão é indenizado pelo Governo Federal ao entregar, voluntariamente, armas de fogo. Por registro fictício, o acusado recebia valores entre R$ 150 a R$ 300.

A Polícia Federal apurou que, entre janeiro de 2018 a março de 2023, o investigado fez a inclusão fraudulenta de aproximadamente 27 mil armas fictícias, com prejuízo estimado em mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos.

A Justiça também bloqueou a conta bancária de Tiago, além de bens, como três imóveis e um veículo. Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Andrade de Carvalho Gomes, o objetivo é tentar recuperar parte do dinheiro que ele sacou.

O suspeito trabalhou no setor de tecnologia da polícia entre 2008 e 2013. Na operação da PF, foram cumpridos um mandado de prisão e outros dois de busca e apreensão. Na casa de Tiago, foram apreendidas três armas de fogo, computadores e dispositivos de armazenamento.

A Corregedoria da PF vai investigar o agente da polícia suspeito de fornecer a senha do sistema ao preso. O caso segue em segredo de Justiça.

O g1 questionou o advogado de defesa do suspeito, Diogo Mendonça, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Fonte: G1/Rio Preto

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