Confusão no sábado teria sido motivada por venda de carro. Investigador foi preso em flagrante, mas Justiça concedeu liberdade provisória e ele foi solto nesta segunda-feira, diz advogado.
CAMPINAS/SP – Uma câmera de segurança gravou o momento em que um investigador da Polícia Civil dispara contra algumas pessoas, dentre elas um policial militar, na Vila Mimosa, em Campinas (SP), no sábado (10). O investigador foi preso em flagrante e, na audiência de custódia, a Justiça arbitrou fiança. Segundo o advogado dele, Elison Rizziolli, a quantia foi paga e ele foi liberado na tarde desta segunda-feira, mas o G1 não teve retorno da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) sobre o caso até a publicação.
Policial civil (de branco) aponta arma durante troca de tiros em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV.
O vídeo mostra o investigador, identificado como Emerson Francis Caetano, caminhando no sentido oposto ao de três pessoas antes de se virar e sacar a arma. As pessoas que estavam perto fogem enquanto ele dispara. Um deles, o policial militar, se esconde atrás de um carro e também saca uma arma.
O policial civil e o policial militar ficam em lados opostos da rua, atrás de carros. Em seguida, o investigador sobe a rua, correndo. Ele foi detido e levado para a Corregedoria Geral da Polícia Civil, onde prestou depoimento.
Os disparos não feriram ninguém, mas deixaram marcas no muro de uma casa, na guarita de uma condomínio e atingiram quatro carros. Os dois policiais estavam de folga.
Investigações
No dia seguinte, a reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, foi ao local e encontrou os moradores assustados. Ninguém quis gravar entrevista.
Em nota, a SSP informou que a ocorrência foi registrada e é investigada como tentativa de homicídio na Corregedoria da Polícia Civil. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso.
Fiança e medidas cautelares
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) informou nesta segunda-feira (12) que, durante a audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança e cumprimento de medidas cautelares. O valor, entretanto, não foi revelado pela assessoria.
O advogado do investigador também não mencionou o montante, mas mencionou que o cliente já voltou para casa. O G1 enviou e-mail para a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) para questionar sobre o pagamento da fiança, mas não houve resposta até esta publicação.
