Evento para marcar o setembro amarelo aconteceu nas dependências da Delegacia Seccional de Andradina. Fotos: MANOEL MESSIASA/Agência

Delegacia Seccional de Andradina participa do Setembro Amarelo

ANDRADINA – O delegado Seccional de Andradina, José Astolfo Júnior, juntamente com outros vários policiais civis lotados nas repartições anexas à Delegacia Seccional, como investigadores, escrivães, agentes e da telemática, participaram na tarde de quinta-feira, 19, de um evento em alusão ao Setembro Amarelo, considerado o mês mundial de prevenção ao suicídio. Ao final do evento todos participaram de um café da tarde.

Segundo o delegado Seccional, a corporação ao longo dos anos vem participando de diversas ações de conscientização, como essa do Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, propriamente dita, e vai participar ainda do Outubro Rosa, alusiva ao câncer feminino, notadamente o de mama e do Novembro Azul, que alerta sobre o câncer masculino, com ênfase ao de próstata.

SETEMBRO AMARELO

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Conforme dados da OMS, 90% dos casos poderiam ser evitados com acolhimento das vítimas.

A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa. 

Setembro amarelo: capacitação ensina como lidar com o potencial suicida

Nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado, da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas.

A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.

Hoje, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes. 

É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo.

Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.

Suicídio mata mais policiais do que os confrontos durante o trabalho

A violência a que os policiais estão permanentemente expostos tem efeitos psicológicos graves. Em 2018, 104 policiais cometeram suicídio — número maior do que o de policias mortos durante o horário de trabalho (87 casos) em confronto com o crime.

“No senso comum, o grande temor é o risco da violência praticada por terceiros, mas na verdade o suicídio está atingido gravemente os policiais e não está sendo discutido e enfrentado de forma global”, aponta Cristina Neme, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que edita o anuário.

“É um problema muito maior que muitas vezes é silenciado. São os fatores de risco da profissão que levam ao estresse ocupacional. Eles passam por dificuldades que outras pessoas podem ter, mas que no caso do policial esses problemas, quando associados ao estresse psicológico da profissão e do acesso à arma, pode facilitar esse tipo de ocorrência”, lamenta a pesquisadora. (Com sites especializados)

 

MIL NOTICIAS/Agência

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!