Capitão reformado do Exército, 63, é o 16º militar a ocupar o cargo, 3º eleito pelo voto direto. Foto: G1

Bolsonaro confirma favoritismo e é eleito o 42º presidente do Brasil

BRASIL – Jair Messias Bolsonaro, 63, é o novo presidente do Brasil —o 42º da história e o 8º desde o fim do regime militar (1964-85) que ele admira e cujo caráter ditatorial relativiza.

Capitão reformado do Exército, 63, é o 16º militar a ocupar o cargo, 3º eleito pelo voto direto. Foto: G1

Capitão reformado do Exército, 63, é o 16º militar a ocupar o cargo, 3º eleito pelo voto direto. Foto: G1

O deputado do PSL-RJ derrotou neste domingo (28) o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT, segundo projeção do Datafolha sobre os resultados já apurados.

Bolsonaro liderou a mais surpreendente disputa eleitoral desde o pleito de 1989 a partir de agosto, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril por corrupção, foi declarado inelegível.

Haddad, plano B do PT que ocupava estrategicamente a vice de Lula antes de ser lançado candidato, conseguiu chegar ao segundo turno, mas nunca ameaçou a liderança do polêmico deputado.

Ele será o décimo sexto presidente militar da história e o terceiro a chegar ao poder pelo voto direto. Os outros foram Hermes da Fonseca, em 1910, e Eurico Gaspar Dutra, em 1945.

Dono de retórica agressiva e colecionador de polêmicas que lhe valeram pechas que vão de radical a fascista, é o primeiro eleito desde Fernando Collor (1989) a se declarar abertamente de direita.

Suas credenciais democráticas são questionadas constantemente, uma novidade em pleitos presidenciais também desde Collor. Há uma semana, disse que seus adversários deveriam ser presos ou exilados, enquanto vídeo no qual seu filho Eduardo citava ser fácil fechar o Supremo Tribunal Federal em caso de questionamento de uma vitória do pai circulava.

A campanha teve diversos ineditismos. O mais notável foi o atentado a faca que Bolsonaro sofreu durante um ato em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro.

Atingido no intestino, o deputado quase morreu e ficou fora da campanha de rua até o fim da disputa.

Transformou o hospital e, depois, sua casa no Rio em quartel-general de onde gravava vídeos para a internet e recebia apoiadores.

A facada desorganizou a estratégia de seus adversários e permitiu a Bolsonaro não se submeter ao escrutínio de debates televisivos —participou apenas de dois deles no primeiro turno, antes do atentado, e preferiu ignorar o confronto com Haddad mesmo estando em condições clínicas na segunda etapa.

 

folhadacidadems

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!