Magno Ferreira de Moraes (à esquerda) e o filho, Pedro (à direita) (Foto: TV Centro América/Reprodução).

Pai morreu afogado ao tentar salvar o filho e mulher inventou suicídio do marido em MT, diz polícia

Laudo vai apontar grau de sanidade mental da mãe e avaliar prováveis distúrbios psiquiátricos. Afogamento de pai e filho ocorreu em janeiro deste ano no Rio Cuiabá.

CUIABÁ/MT Um inquérito que apurava a morte de Magno Ferreira de Moraes, de 25 anos, e do filho dele, Pedro Magno Ferreira de Souza, de 4 anos, foi concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (17).

Magno Ferreira de Moraes (à esquerda) e o filho, Pedro (à direita) (Foto: TV Centro América/Reprodução).

Magno Ferreira de Moraes (à esquerda) e o filho, Pedro (à direita) (Foto: TV Centro América/Reprodução).

Segundo a Polícia Civil, Magno morreu afogado ao tentar salvar a vida do filho, que também morreu, em 28 de janeiro deste ano, no Rio Cuiabá.

Na época dos fatos, a mulher de Magno – e mãe de Pedro, era a única testemunha do afogamento. Ela apresentou versões contraditórias na delegacia. Inicialmente, ela declarou que o companheiro havia cometido suicídio se lançando ao rio abraçado ao filho do casal.

No entanto, as investigações, presididas pela delegada Ana Cristina Felder, apontaram que a versão apresentada pela mãe seria fictícia. No decorrer das diligências, e confrontada por demais atos investigatórios, a mulher, de 26 anos, acabou confessando que inventou a história para que não a julgassem como uma mãe ‘relapsa’.

De acordo com a DHPP, os trabalhos de investigação demonstraram que a família estava no rio, em uma canoa, quando Pedro soltou da mão da mãe, escorregou e caiu no rio. Naquele momento, Magno teria pulado para tentar resgatar e salvar o filho e também desapareceu na água.

Como a mãe não tentou salvar o menino também, por não saber nadar, disse que pensou que pudesse ser criticada, o que a motivou a inventar a história do suicídio.

Pela frieza demonstrada ao apresentar a versão fantasiosa na delegacia, que incriminava o marido mesmo ciente de que ele havia perdido a vida tentando salvar a criança, a autoridade policial requisitou laudo de sanidade mental da mãe do menino junto à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), para avaliar prováveis distúrbios psiquiátricos.

A requisição do laudo tem como objetivo auxiliar investigação para apontar se a mulher consegue avaliar a gravidade da acusação, se sente remorso ou culpa por denegrir a imagem de Magno, se sente culpada pela morte do filho.

G1

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