Vereador 'Waguinho' deve se pronunciar sobre o caso essa semana. foto: Manoel Messias/Mil Noticias

Vereador de Castilho é acusado de assediar aluna em aula de autoescola

Tudo foi gravado pela mulher, que chora na gravação e diz que ele chegou a mostrar o pênis para ela dentro do carro da auto escola, onde ele dá aula defensiva

CASTILHO – Uma aluna de auto escola elaborou boletim de ocorrência contra o vereador Wagner de Souza Oliveira, o ‘’Waguinho’’, de 37 anos, sob acusação de assédio sexual enquanto ela frequentava as aulas da autoescola onde ele também trabalha. As acusações são gravíssimas e viralizou na internet durante a última semana. Ele ainda não se dispôs a falar com a imprensa.

Vereador 'Waguinho' deve se pronunciar sobre o caso essa semana. foto: Manoel Messias/Mil Noticias

Vereador ‘Waguinho’ deve se pronunciar sobre o caso essa semana. foto: Manoel Messias/Mil Noticias

A denunciante é Milena Caetano Dias, atendente de um posto em Três Lagoas/MS.

Como não houve sessão ordinária devido a morte de um professor do município, com sepultamento antecipado das 14h para as 10h de segunda-feira (08), ‘Waguinho’ não foi localizado, mesmo estando na Câmara durante a parte da manhã.

O suspeito é casado e ministra na auto escola aula de direção defensiva. Ele  também já ocupou a função de conselheiro tutelar, o que o alavancou ao mundo político. Foi também presidente da Câmara de Castilho nos últimos quatro anos. Neste ano de 2017 ele ocupa o cargo de 1º secretário do legislativo castilhense.

A denúncia de assédio sexual viralizou na internet (via Whats App), depois que a gravação feita pela própria vítima em seu celular foi parar em milhares de outros telefones móveis. Segundo informações, o flagrante do áudio foi captado durante a noite, enquanto a moradora fazia aulas com o vereador. Ela chegou a chorar e dizer que o vereador praticava constantemente assédio contra ela. O marido dela flagrou em uma dessas vezes ela chorando e o vereador próximo, iniciando uma discussão.

Acompanhe trechos da gravação:

’’Ai, meu Deus do céu. O pessoal foi tudo embora, daqui a pouco ele vem’’, diz a aluna.

‘’Como ele disse, já que não quero ir ‘pro’ motel, vamos fazer baliza. ‘Tô’ cansada de ele me assediar todos os dias; hoje tive que gravar’’, depois de acionar o dispositivo de gravação do telefone celular.

O vereador se aproxima do carro e faz uma proposta para a mulher: ‘’Deixa eu te falar, nós estamos só, quer que eu entre aí pra te dar um beijo ou não?’’.

’‘’Eu não sou bobo, sou malandro velho, macaco velho. Você quer que eu entre aí no carro e te dou um ‘pega’?’’.

‘’Olha, gente. Querendo entrar dentro do carro pra me dar um beijo, querendo me assediar, você acha isso? Diz a mulher no áudio. Tá ouvindo uma coisa dessa?’’, reafirma ela aparentemente revoltada.

Então a aluna diz ao instrutor que ficou nervosa. Ele persiste em entrar no automóvel com a intenção de beija-la. A vítima pede ao vereador que pare e, em seguida, ele tenta se justificar alegando que foi apenas uma brincadeira.

Muito revoltada a mulher sai do carro aos prantos e afirma que não está mais em condições de treinar as balizas. Ela desabafa afirmando que, todos os dias, durante as aulas, o vereador pronuncia besteiras e que, inclusive, chegou a mostrar o pênis dentro do carro.

Ainda na gravação, é possível perceber que o marido da vítima chega e se aproxima dos dois. O homem pede ao vereador que se explique, mas ele nega as acusações.

Depois de breve discussão, ela informa ao marido que está tudo gravado e ele diz que vai para a Delegacia de Polícia registrar boletim de ocorrência contra o instrutor de auto escola e vereador.

AFASTADO

Segundo informações, a autoescola em que o instrutor trabalha teria afastado-o das funções que ocupava.

DELEGACIA SECCIONAL

A reportagem foi até a Delegacia Seccional de Polícia de Andradina, a qual Castilho está subordinada e ouviu do delegado seccional José Astolfo Júnior. Ele disse que “por enquanto o boletim e ocorrência não chegou em suas mãos. Por ser um agente político, esse tipo de crime supostamente praticado por agente político é da competência daquela delegacia investigar”, disse.

“Como ainda é tudo muito novo, vamos aguardar que o boletim de ocorrência chegue em minhas mãos para dar início as providencias necessárias e ouvir as partes envolvidas. Creio que a solução final ainda está longe de ser tomada porque várias pessoas deverão ser ouvidas”, concluiu o delegado seccional.

MIL NOTICIAS/Agência

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