José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/Facebook

Suspeito de cometer estupros em série e enterrar uma das vítimas viva é preso no interior de SP

Investigações apontam que criminoso também possa ser o responsável por estuprar, matar e atear fogo em uma mulher; ele foi preso em São José do Rio Preto (SP).

RIO PRETO – Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São José do Rio Preto (SP) prenderam um homem de 47 anos suspeito de cometer uma série de estupros em cidades da região noroeste paulista.

José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/Facebook

José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/Facebook

Carro utilizado pelo criminoso durante os crimes — Foto: Arquivo Pessoal

Carro utilizado pelo criminoso durante os crimes — Foto: Arquivo Pessoal

Em entrevista, o delegado Wander Solgon, responsável pelas investigações, afirmou que uma das vítimas chegou a ser enterrada viva e que há a suspeita de que outra mulher possa ter sido assassinada pelo criminoso. O corpo dela foi encontrado carbonizado em uma estrada rural de Rio Preto.

“Começamos a investigar o caso a partir de março. O que chamou nossa atenção foi uma sequência de estupros. Todos cometidos com o mesmo modus operandi”, diz.

Investigações apontaram que José Antônio Miranda da Silva abordava as vítimas e as convencia a entrar no veículo que dirigia. Em seguida, as mulheres eram levadas para matagais ou canaviais, onde eram estupradas e agredidas com extrema violência.

“As vítimas eram bastantes iguais. Tinham o porte físico e aparência parecidos. Das quatro que identificamos, três eram profissionais do sexo”, afirma.

Extrema violência

Segundo Wander, uma das mulheres foi estuprada e enterrada viva em Uchoa (SP). Na época, a jovem de 22 anos foi encontrada nua, suja de terra e com ferimentos pelo corpo.

“Ela foi semienterrada pelo suspeito depois de perder a consciência, mas acordou e conseguiu pedir ajuda”, diz.

Outra vítima a sobreviver depois de ser atacada pelo criminoso foi uma auxiliar de cozinha de 27 anos. Ela foi abordada pelo suspeito em um semáforo e levada a uma plantação de cana-de-açúcar.

Depois de ser estuprada e enforcada até desmaiar, a mulher acordou, andou nua até o cemitério de Talhado, distrito de Rio Preto, e pediu ajuda ao coveiro. Em seguida, foi socorrida.

De acordo com o delegado, além de estupradas, as vítimas foram agredidas, queimadas, enforcadas e tiveram fraturas e regiões do corpo cortadas com faca.

“A investigação se desenrolou em um tempo grande, porque as próprias vítimas não conseguiam dar detalhes para a gente. Elas ficavam muito abaladas, não conseguiam descrever a pessoa para nós”, afirma.

“Acreditamos que o suspeito as abandonava nos locais do crime, porque acreditava que estavam mortas”, complementa o delegado.

Identificação do veículo

Wander informou que as mulheres somente se recordavam que o suspeito era um homem negro, alto e que dirigia um carro branco. O veículo utilizado nos crimes foi a chave para a polícia chegar ao homem.

“A única informação que tínhamos era o carro. As vítimas o descreviam com mais detalhes. Foi um pouco complicado pelo modelo do veículo ser um pouco comum, mas conseguimos localizar o proprietário”, afirma.

Ao conseguir uma foto do principal suspeito, policiais a mostraram às vítimas, que o reconheceram. A prisão do criminoso foi realizada na última sexta-feira (19), no bairro Ouro Verde, em Rio Preto.

O homem foi levado à delegacia, onde prestou depoimento, mas negou que tenha cometido os crimes. No entanto, as vítimas também o reconheceram pessoalmente.

“Ele está preso temporariamente enquanto a gente conclui a investigação. Acreditamos que possam haver mais vítimas”, afirma.

“Não vamos utilizar o termo serial killer, porque depende de exames médicos, uma coisa mais aprofundada. Mas é fato que ele cometeu uma série de crimes”, complementa Wander.

G1

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