MP decidiu pela denúncia de homicídio, com dois agravantes – impossibilidade de defesa das vítimas e motivo fútil. Defesa do suspeito analisa como “precipitada” ação do MP.
MOGI DAS CRUZES/SP – O Ministério Público ofereceu a denúncia contra o motorista suspeito de dirigir embriagado e causar um acidente que terminou com a morte de dois jovens, na Estrada das Varinhas, em Mogi das Cruzes, no dia 20 de janeiro.
Aldair Alves e Wander Casarejos morreram estavam na moto atingida pelo motorista e morreram ainda no local. — Foto: Reprodução/TV Diário.
Na denúncia consta que, segundo apurado pelo Ministério Público, o motorista do carro conduzia o seu veículo automotor pela via pública embriagado, com suspensão do direito de dirigir e em velocidade excessiva.
Em outro trecho, a denúncia detalha que na noite do caso policiais militares foram acionados e comparecem ao local, ocasião em que observaram que o denunciado apresentava visíveis sinais de embriaguez. “Fala pastosa e vermelhidão nos olhos”, além de, “forte odor etílico”. O promotor relata que o motorista também confirmou para os policiais que havia ingerido bebida alcoólica.
A TV Diário também teve acesso a um vídeo da câmera que fica às margens da Estrada das Varinhas. O carro que se envolveu no acidente aparece e logo ultrapassa o veículo que estava à frente. Trecho que seria de faixa contínua, em que a manobra é proibida.
O Ministério Público decidiu pela denúncia de homicídio, com dois agravantes – impossibilidade de defesa das vítimas e motivo fútil.
O advogado que representa as famílias das vítimas, Sylvio Alkimin, diz ter testemunhas que presenciaram o acidente. “Temos provas que foram trazidas e entregues à autoridade policial, e outras provas que estão a caminho”, diz
Aldair Alves de Oliveira, de 25 anos, e Wander Casarejos Mateus, de 21 anos, estavam na moto. Eles eram da mesma família. Não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
O acidente foi na noite do dia 20. No dia seguinte, a Polícia Civil foi até o hospital Luzia de Pinho Melo, onde o motorista do veículo estava internado para ouvir a versão dele. Depois de passar por audiência de custódia, a justiça decidiu pela prisão preventiva do condutor de 37 anos.
“As famílias estão passando por um momento de extrema dificuldade emocional. É extremamente difícil para eles passar por essa situação. Tem o agravante de que os garotos trabalhavam, eles eram contribuintes da família, e isso trouxe além do emocional uma dificuldade financeira”, detalha o advogado.
O advogado que representa o motorista disse que essa é uma denúncia precipitada já que, segundo ele, não foi realizada nenhuma prova pericial da dinâmica dos fatos. Ele informou ainda que, a partir de agora, com a citação, a defesa poderá apresentar suas razões e pedir a produção de prova necessária.
