Anthony Daniel de Andrade Moraes, de um ano e três meses, morreu após socos e mordidas; a mãe e o padrasto foram presos em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal.

Parente de bebê morto com dentadas diz que criança aparecia abatida em fotos que mãe enviava para família

Menino de 1 ano foi levado morto a hospital em Praia Grande (SP) e enterrado nesta quarta-feira (8) em Bauru (SP). Mãe e padrasto do bebê foram presos em flagrante; mulher foi solta em audiência de custódia.

BAURU/SP – A tia-avó do bebê Anthony Daniel de Andrade Moraes, de 1 ano e três meses, e que foi levado morto a um hospital em Praia Grande, litoral paulista, com marcas de soco e mordida, contou ao G1 que ele e o irmão apareciam sempre abatidos em fotos enviadas pela mãe para a família.

Anthony Daniel de Andrade Moraes, de um ano e três meses, morreu após socos e mordidas; a mãe e o padrasto foram presos em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal.

Anthony Daniel de Andrade Moraes, de um ano e três meses, morreu após socos e mordidas; a mãe e o padrasto foram presos em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal.

O caso foi registrado no domingo (5). Anthony Daniel foi levado pelo padrasto de 22 anos à Unidade de Pronto Atendimento Samambaia, em Praia Grande, por volta das 23h40 já sem vida. A polícia foi chamada depois que os enfermeiros de plantão perceberam sinais de agressão no corpo da criança.

Segundo Kelly de Andrade Marinho, que é irmã da avó materna de Anthony , a mãe da criança saiu de Bauru depois que o ex-marido dela foi preso e os dois se separaram. Um tempo depois, ela conheceu Ronaldo Silvestrini Junior, de 22 anos, e decidiu ir com ele para o litoral.

“Ela ficou na casa da minha mãe até que conheceu esse rapaz. Eles foram juntos, venderam todos os móveis que tinham, pegaram as crianças e foram”, lembra Kelly.

A tia-avó conta que, desde que Giulia foi para a Praia Grande com os dois filhos, Anthony e Arthur, de 5 anos, ela dizia aos familiares que eles estavam bem. No entanto, ela relutava em deixar a tia ver as crianças e enviava fotos.

“Eu queria ver, mas ela nunca deixava a gente ver. De vez em quando ela mandava uma fotinho, mas eu percebia que as crianças estavam bem abatidas. Não tinha felicidade, não tinha sorriso”, conta Kelly.

Ainda de acordo com a parente, algumas pessoas diziam que a mulher costumava bater nas crianças quando ela morava em Bauru.

“Agora eu recebi uma mensagem de uma moça falando que ela chegou a brigar com a Giulia porque ela batia muito naqueles meninos”, conta Kelly.

O corpo de Anthony foi enterrado às 9h30 de quarta-feira no Cemitério Redentor. Segundo a tia, muitas pessoas foram ao velório e ficaram revoltadas ao saber dos machucados que a criança tinha.

Já Arthur foi levado para um abrigo em Praia Grande após a prisão do casal. Segundo a tia, a família aguarda a liberação da Justiça para buscá-lo.

Entenda o caso

Segundo laudo médico, o bebê apresentava diversas fraturas, uma mordida no rosto e hematomas espalhados pelo corpo.

Questionados sobre os ferimentos de Anthony, segundo a polícia, o casal se contradisse, dizendo primeiro que não lembrava dele ter se machucado e, já na delegacia, afirmando que ele havia caído há dois dias do alto de uma escada em formato ‘caracol’ na casa onde residem.

Diante dos fatos, o padrasto foi preso suspeito de ter agredido o enteado. Já a mãe foi presa por falso testemunho ao tentar acobertar o crime.

Eles passaram por audiência de custódia na terça-feira (7) e, de acordo com o Tribunal de Justiça, ela teve a liberdade concedida. O padastro teve a prisão mantida.

De acordo com a polícia, ainda não está descartada a hipótese da mãe ser também responsabilizada pela morte do bebê. O caso segue sendo investigado pelo DP Sede de Praia Grande.

G1

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