Imagem postada em rede social mostra Itaberli ao lado da mãe — Foto: Reprodução/Facebook.

‘Não tem coração’, diz tio sobre mãe condenada por matar filho de 17 anos em Cravinhos, SP

Tatiana Lozano Pereira recebeu pena de 25 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. Segundo tio, dias após o crime, em dezembro de 2016, mulher fez churrasco na virada do ano.

CRAVINHOS/SPA família do estudante Itaberli Lozano, morto há três anos em Cravinhos (SP), comemorou, nesta quinta-feira (28), a condenação da mãe da vítima. Tatiana Ferreira Lozano Pereira recebeu a pena de 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Segundo o tio do adolescente, a ex-cunhada é uma pessoa fria.

Imagem postada em rede social mostra Itaberli ao lado da mãe — Foto: Reprodução/Facebook.

Imagem postada em rede social mostra Itaberli ao lado da mãe — Foto: Reprodução/Facebook.

“Além de ela matar o filho, atear fogo ao corpo do filho, ela comemorou o ano novo, porque foi, bem dizer, na véspera do ano novo [o crime]. Fazer churrasco sabendo que o filho estava morto no canavial? É uma pessoa que não tem coração”, diz Dario Gabriel Rosa.

Tatiana está presa desde o assassinato de Itaberli, na Penitenciária de Tremembé (SP). Além dela, outros dois réus foram condenados pelo tribunal do júri, na quarta-feira (26), em Ribeirão Preto (SP). Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, que também estão presos, vão cumprir pena de 21 anos e oito meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado.

O padrasto de Itaberli, Alex Cantelli Pereira, que é acusado de ocultação de cadáver, será julgado em uma data a ser marcada.

As defesas de Tatiana, Victor e Miller recorreram das sentenças.

Morte violenta

Dario diz que a violência com a qual o sobrinho foi morto jamais poderia ter sido imaginada pela família. O tio lembra que mãe e filho tinham uma relação conflituosa, mas o homicídio deixou todos muito abalados.

“A mãe tem que proteger o filho. Chegar ao ponto que chegou, a gente ficou revoltado com a situação. A gente ficou sem entender o motivo”, diz.

O corpo de Itaberli foi encontrado carbonizado em 7 de janeiro de 2017, dez dias após o adolescente ter sido espancado e esfaqueado.

De acordo com a Promotoria, no dia do crime, Tatiana atraiu o filho para uma emboscada dentro de casa. Victor e Miller agrediram o jovem, com quem tinham desavenças. Em seguida, a mãe desferiu a facada que matou o filho.

Durante o julgamento, segundo o assistente de acusação Vagner Severino Simões, o padrasto de Itaberli afirmou que a companheira chegou a confessar o crime a ele. Simões considera que o depoimento foi essencial para a condenação pelo tribunal do júri.

Sofrimento e alívio

Dario afirma que, ao ver Tatiana no banco dos réus, um filme passou pela cabeça com os momentos que antecederam o crime e também da investigação. Por causa dos desentendimentos, Itaberli havia deixado a casa da mãe e tinha passado a morar com a avó.

“A gente começa a relembrar quando ele chegou aqui em casa, quando a mãe dele veio buscar ele, levou para a casa dele, e até encontrar o corpo dele.”

Segundo a família, Itaberli era um menino extrovertido, companheiro e muito educado. De acordo com o tio, a condenação traz alívio, uma vez que foram três anos de espera pela punição aos culpados.

“Agora o que permanece no coração da gente é a saudade, lembranças que a gente não esquece. Foram vários momentos de felicidade com ele, a gente saía muito, fazia as vontades dele porque era o primeiro sobrinho.”

G1

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!