Droga encontrada em motel de São Paulo, segundo a Rota — Foto: Divulgação/PM/Rota.

Clientes estavam em motel de SP durante ação da PM que achou 500 kg de maconha e matou dois

Estabelecimento da Zona Leste também era usado para tráfico internacional da droga. Rota alega ter matado os 2 traficantes em troca de tiros e prendido 8 criminosos.

SÃO PAULO/SP – Clientes estavam em um motel na Zona Leste de São Paulo durante ação da Polícia Militar que descobriu 500 quilos de maconha, armas e balanças para pesar a droga escondidos em quartos e carros no local na noite desta quinta-feira (20).

Droga encontrada em motel de São Paulo, segundo a Rota — Foto: Divulgação/PM/Rota.

Droga encontrada em motel de São Paulo, segundo a Rota — Foto: Divulgação/PM/Rota.

Dois suspeitos foram mortos e outros oito acabaram presos pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da corporação dentro do Motel Blanco, na Penha, próximo à Marginal Tietê, uma das principais vias da capital.

Segundo denúncia anônima, o Blanco recebia casais, mas isso seria fachada para esconder a verdadeira atividade no local: o tráfico internacional de drogas.

De acordo com a PM, a maconha encontrada dentro de quartos e até em um fundo falso de uma van vinha do Paraguai, passava por Cascavel, no Paraná, e seguia para São Paulo, onde seria revendida a outros traficantes para ser distribuída na capital.

Por haver suspeita de crime internacional, a PM acionou a Polícia Federal (PF), que deverá investigar a quadrilha. O G1 entrou em contato com a PF, que ficou de divulgar nota sobre o caso.

Troca de tiros

Segundo o comandante da Rota, tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, houve troca de tiros entre policiais e criminosos que faziam a segurança no motel.

“Quem se entregou teve a vida preservada. Quem atirou, a Rota reagiu à altura”, disse Mello Araújo nesta sexta-feira (21) ao G1.

Guilherme Lima, de 22 anos e outro não identificado morreram no confronto, de acordo com a polícia.

Entre os presos estão um homem e uma mulher, donos do motel, um advogado com a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspensa e funcionários. Todos são suspeitos de tráfico de drogas. O G1não conseguiu localizar as defesas dos presos para comentar o assunto.

Os clientes não se feriram e teriam sido liberados em seguida pelos agentes.

“Tinham seis clientes no momento no motel”, falou o comandante. “A gente foi batendo na porta e a pessoa saía e ia confirmando informações enquanto eram checados documentos para saber que realmente se tratavam de clientes e não de bandidos”.

Maconha em fundo falso

Além dos tijolos de maconha, a PM encontrou no motel duas pistolas e cinco carros, um deles uma van com fundo falso para esconder a droga.

Segundo a Rota, poucos quartos eram usados para receber clientes. A maioria servia para o tráfico.

“A informação que recebemos era de que viria uma van do Paraguai carregada de maconha e que descarregaria a droga nesse motel para abastecer outros traficantes ligados a facções criminosas”, disse Mello Araújo.

Silvio Rodrigo, capitão da PM, explicou à TV Globo como a quadrilha agia. “Aqui era só um entreposto. Eles traziam em grande quantidade de outro país, paravam aqui, porque não chamariam tanta atenção e daqui fariam a distribuição para vários outros pontos de venda já ao usuário.”

Da manhã de quinta até esta sexta, a Rota prendeu outras 14 pessoas suspeitas de diversos crimes na capital, inclusive tráfico de drogas.

G1

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