Mecânico foi preso acusado de latrocínio e carro roubado da vítima estava com comerciante preso em Penápolis
PIACATU – O aposentado Joaquim José de Oliveira, 54 anos, morador em Piacatu (SP), morreu na quarta-feira (2). Ele estava internado na Santa Casa de Marília (SP) desde o último dia 29.
Polícia Civil de Tupã conseguiu prender o suspeito no bairro Santa Rita quando ele se preparava para fugir — Foto: Tupãense Notícias/Divulgação
Suspeito foi preso na manhã de sábado (28) em Tupã e, segundo a polícia, se preparava para fugir — Foto: Tupãense Notícias/Divulgação
Na noite do último dia 27 (sexta-feira), ele foi vítima de roubo e teve 90% do corpo queimado ao atender solicitação de corrida de um passageiro, quando fazia um trabalho como taxista.
O acusado do crime foi identificado e preso pela polícia na manhã do dia seguinte ao assalto. Ele é um mecânico de 28 anos, morador em Tupã (SP), e já havia solicitado corrida à vítima anteriormente.
O carro roubado do aposentado foi recuperado pela polícia em Penápolis, na manhã do dia 28. Ele estava com um comerciante de 48 anos, morador no bairro Sílvia Covas, que foi preso em flagrante por receptação.
Roubo
Segundo apurado pelo Hojemais Araçatuba , por volta das 22h30 da última sexta-feira (27), o Corpo de Bombeiros foi chamado para socorrer uma pessoa em um posto de combustíveis na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Tupã.
A vítima foi encontrada com grande parte do corpo com queimaduras e levada ao pronto-socorro de Tupã. O aposentado contou que havia sido vítima de um roubo e que teve o carro, um VW Gol ano 2010, roubado.
Oliveira disse que esporadicamente prestava serviço como taxista e que naquela noite recebeu um telefonema solicitando uma corrida até Parapuã.
O passageiro embarcou no local combinado e assim que deixou a área urbana, pela estrada vicinal que liga Piacatu a Rinópolis, o taxista foi rendido pelo autor, que sacou uma arma e anunciou o assalto.
Fogo
Ele disse que foi colocado no porta-malas do veículo, que em seguida deixou o local e depois parou. Passado algum tempo que o carro estava parado, o ladrão voltou, o retirou do porta-malas e mandou que deitasse no chão.
Na sequência, derramou um líquido sobre o corpo da vítima, provavelmente gasolina, ateou fogo e fugiu com o carro, levando também o celular de Oliveira.
Mesmo ferido, o taxista conseguiu caminhar até o posto de combustíveis à margem da rodovia. A equipe médica que atendeu o paciente informou na ocasião que ele teve aproximadamente 90% do corpo queimado superficialmente e permaneceria em observação.
Investigadores realizaram diligências e conseguiram chegar ao local onde a vítima foi abandonada após ser queimada, mas não conseguiram encontrar o autor do crime naquele momento.
Prisão
Durante a investigação, a polícia foi informada que o assaltante já havia utilizado os serviços do taxista anteriormente e que havia morado em Piacatu.
Diante dessas informações, os investigadores passaram a suspeitar do mecânico. Eles conseguiram uma foto do acusado, foram à Santa Casa e a apresentaram à vítima, que o reconheceu como sendo o autor do crime.
O acusado foi encontrado e preso na frente da casa dele, em Tupã, quando carregava os móveis para mudar de residência, na manhã seguinte ao roubo.
Ele confessou o crime, alegando que precisava de dinheiro para quitar uma dívida de drogas, e contou ter entregue o carro a um morador em Penápolis.
Receptação
O carro do taxista foi recuperado na manhã de sábado (28), depois que um investigador da Polícia Civil fez contato com policiais militares de Barbosa, solicitando apoio para interceptar um Fiat Uno que trafegava pela rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).
O automóvel era conduzido por um motorista de 36 anos, residente no bairro Paraíso, em Penápolis. Ele trazia como passageiro o comerciante de 48 anos, do Sílvia Covas, apontado como sendo a pessoa que havia recebido o Gol roubado do taxista.
Como havia suspeita de que o carro roubado estava na casa dele, uma equipe da Polícia Militar foi à residência e permaneceu no local até a chegada dos policiais que o haviam detido.
Assim que abriram o portão, os policiais viram o carro do taxista na garagem. Questionado, o acusado disse que havia pago R$ 5 mil pelo veículo após receber um telefonema do acusado do latrocínio.
Outros negócios
Segundo ele, o mecânico já havia lhe oferecido outros carros anteriormente e assim que deixou o Gol na casa dele, fez consulta pelo documento e não havia registro de roubo ou furto.
O investigado disse ainda que o mecânico estava acompanhado da esposa e de um filho e que lhe emprestou o próprio carro para que pudessem retornar para Tupã.
Apesar da versão alegada, o delegado plantonista determinou a prisão em flagrante do comerciante, que é reincidente em crime de receptação de veículo produto de crime.
Morte
A morte do taxista foi comunicada à polícia na manhã de quarta-feira, 2. pela assistente social da Santa Casa de Marília. De acordo com ela, ele estava internado na unidade de queimados do hospital desde a manhã de domingo, transferido da Santa Casa de Tupã.
O óbito foi constatado por volta das 6h e o corpo encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico antes de ser liberado aos familiares para velório e enterro.
