Segundo médico que atendeu a vítima, mulher foi ferida no abdômen por tiro que parece ter sido à queima-roupa. Feto foi atingido na cabeça e morreu.
SANTA ISABEL/SP – Um homem de 34 anos foi preso nesta quinta-feira (28), em Santa Isabel, por suspeita de ter baleado e matado a esposa grávida de 5 meses. Karina Rodrigues Santos, de 28 anos, chegou a ser socorrida para a Santa Casa do município com um ferimento no abdômen, mas não resistiu. De acordo com o boletim de ocorrência, o médico que a atendeu relatou que o tiro parece ter sido à queima-roupa. O feto foi atingido na cabeça e também morreu.
Karina Rodrigues Santos, de 28 anos, estava grávida de 5 meses e morreu depois de ter sido baleada no abdômen, em Santa Isabel; marido é principal suspeito e foi preso (Foto: Arquivo Pessoal).
Segundo a polícia, o suspeito, Joas João da Silva deu diferentes versões para os ferimentos da mulher e acabou preso. Ele já respondia a processo por ter machucado e ameaçado matar a esposa em 2015.
Diferentes versões
A Polícia Militar foi chamada durante a madrugada desta quinta para atender um acidente na Estrada do Monte Negro. Os policiais contaram que encontraram o casal no veículo. Karina estava com o abdômen rompido. Tanto ela quanto o marido contaram que tinham sofrido uma tentativa de roubo e que os criminosos tinham disparado contra a vítima.
O resgate foi acionado e a gestante foi levada para a Santa Casa. Os policiais militares contaram que foram até o sítio onde o casal trabalhava como caseiros, perto do local do acidente, para buscar documentos. Eles encontraram a casa bagunçada.
Os policias seguiram então para a casa-sede e encontraram grande quantidade de sangue entre a cozinha e a copa. Havia ainda marcas na parede e na porta, que indicavam disparo de arma. Foi encontrada também munição de calibre 12 mm.
Segundo a polícia, após ter sido questionado, Joas modificou sua versão e disse que ele e a esposa estavam dentro da casa do patrão quando ouviram um disparo. Em seguida, o suspeito disse que viu a mulher caída.
No local do crime havia pedaços de madeira que, para a polícia, são da coronha de uma espingada – o que leva a crer a arma tenha sido danificado para depois ser escondida. A espingarda, porém, não foi encontrada pelos policiais.
A Polícia Militar então deu voz de prisão ao caseiro. Enquanto os policiais ainda trabalhavam no registro do caso, chegou a informação de que Karina havia morrido no hospital.
De acordo com a polícia, o suspeito contou ser usuário de drogas e exalava odor etílico.
O G1 tenta localizar o advogado do suspeito.
