Polícia Civil de Andradina prende morador de Mairiporã acusado de estelionato

ANDRADINA –  A Polícia Civil de Andradina prendeu na tarde de terça-feira (01), o motoboy I. C. D. D. S., de 19 anos, residente na cidade de Mairiporã, próximo de São Paulo, acusado dos crimes de estelionato tentado e consumado. Encaminhado ao 1º Distrito Policial (DP)m foi indiciado e recolhido à cadeia de Pereira Barreto, onde aguardou a decisão do juiz se responde ao processo preso ou em liberdade. Não está havendo audiência de custódia presencial devido a pandemia da coronavirus.

A prisão do acusado aconteceu quando policiais Civis da DISE – Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes e da DIG – Delegacia de Investigações Gerais de Andradina, tomaram conhecimento de um golpe em andamento quando uma vítima de estelionato, ainda não consumado, procurou a Polícia Civil para informar que havia recebido ligações, que julgou suspeitas, da “Febraban – Federação Brasileira de Bancos”, para realizar determinado procedimento para cancelar uma compra que não fez e evitar prejuízos. Porém, tal procedimento resultaria na entrega do cartão bancário da vítima a um “funcionário da Febraban” que iria em sua residência busca-lo.

Com tais informações os policiais civis esclareceram à vítima que tais ligações faziam parte de um golpe e organizaram uma operação policial para frustrar o mesmo, sendo que um dos policiais, com autorização da vítima, passou a atender as ligações de seu telefone e quando os criminosos entraram em contato novamente.

O polícia civil então conversou com uma golpista dizendo que executaria todos os procedimentos necessários para cancelar a suposta compra. Após alguns minutos de conversa, os estelionatários acreditaram que haviam enganado mais uma vítima e enviaram seu “funcionário” para buscar o cartão dela.

O golpista I. C. D. D. S., de 19 anos, chegou a bordo da motocicleta Titan 150cc, na cor azul, na casa da vítima e, mostrando um falso crachá, se apresentou como Gabriel Pereira Rosa, funcionário da ‘Febraban’ para o policial civil que o aguardava em frente a casa da vítima. Neste momento, quando não restaram dúvidas que tal individuo era membro desta organização criminosa voltada a prática de estelionatos, policiais civis que estavam em observação nas proximidades (campana), o abordaram e o detiveram.

O autuado acabou confessando a autoria do delito, e inclusive acabou informando que no quarto onde estava hospedado, num hotel no centro da cidade localizado na Av. Barão do Rio Branco, haveria máquinas de cartões de crédito e cartões das vítimas mais recentes, uma vez que é orientado por seus superiores na organização criminosa a destruir os canhotos e os cartões de crédito assim que não conseguir mais “passa-los nas maquininhas”.

Os policiais diligenciaram até o quarto onde o estelionatário estava hospedado e encontraram 04(quatro) máquinas de cartão, 06(seis) cartões de crédito e 09(nove) comprovantes de compras (que ultrapassavam 20 mil reais), inclusive tais comprovantes estavam amassados e prontos para descarte.

GOLPES EM TRÊS LAGOAS

O estelionatário informou ainda ter participado de vários outros golpes em Andradina/SP e na cidade vizinha de Três Lagoas/MS, mas não teria condições de informar mais detalhes, pois já havia descartado os cartões e comprovantes, disse também que recebe da organização R$ 200,00 por cada golpe bem sucedido.

Ao checarem os comprovantes, os policiais notaram que um golpe fora cometido poucas horas antes da detenção do autor e o indagaram sobre este golpe especifico, tendo ele dito que momentos antes de ser pego havia ido até a residência desta última vítima e praticado o golpe com sucesso, inclusive levou os policiais até a casa dela. Já na casa da vítima, de estelionato consumado, os policiais colheram mais informações dela e lhe orientaram como proceder.

Encerradas as diligências, os policiais civis apresentaram o preso e o material encontrado em seu quarto no 1º DP, onde o delegado ratificou a voz de prisão em flagrante por estelionato tentado e consumado. O preso foi recolhido à cadeia Pública de Pereira Barreto, onde permane à disposição da justiça.

MIL NOTICIAS/Agência