A polícia de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, prendeu na sexta-feira (1º) Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, acusado de supostamente ter mandado matar no dia 12 de fevereiro o jornalista brasileiro Léo Veras.
Homem foi preso pela polícia de Pedro Juan após se envolver em acidente – Foto: Gilberto Ruiz Díaz
Conforme o jornal paraguaio ABC Color, policiais realizavam abordagens de rotina quando um veículo bateu na traseira de um outro que estava na blitz no bairro Autora.
Imediatamente os agentes foram ver as circunstâncias do acidente e viram que o condutor era ‘Cachorrão’. Ele estava numa Kia Picanto. Algemado, foi encaminhado à delegacia.
Ele é velho conhecido da polícia e estava sendo investigado por participação da morte devido a ameaças feitas a Léo Veras. O jornalista escrevia muitas matérias sobre o narcotráfico na fronteira e conhecia muita gente.
A morte
Léo Veras, executado em casa com 12 tiros na noite de 12 de fevereiro em Pedro Juan Caballero, na fronteira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, já sabia que podia ser vítima de criminosos, mas esperava que a morte não fosse tão violenta.
Em 2017, durante um documentário de lançamento do programa Tim Lopes, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em dos trechos do vídeo Léo disse:
“Que não seja com tantos disparos de fuzil, porque aqui se o pistoleiro quer ter matar ele vem na sua porta, manda você abrir e vai te dar o disparo, espero que seja só de um disparo para não estragar tanto a pele”.
Nos últimos dias antes da morte, Léo estava nervoso e inquieto, disse a esposa à polícia.O jornalista estava jantando com a família quando por volta das 21 horas, dois pistoleiros encapuzados chegaram em uma caminhonete branca, entraram pelo portão que estava aberto e invadiram o local. Eles direcionaram os disparos contra o jornalista e foram atrás dele quando Veras tentou correr para a rua.
