O corpo de Larissa foi encontrado em uma chácara em Birigui (Foto: Reprodução)

Polícia Civil prende acusado de matar mulher encontrada com cinto no pescoço em Birigui

Ele confessou ter assassinado a vítima esganada, mas negou tê-la estuprado; alegou que se desentenderam por uso de cocaína

BIRIGUI – A Polícia Civil de Birigui (SP) prendeu na manhã deste sábado (27), um jovem de 22 anos, acusado de ter assassinado Larissa Eleutério dos Santos, 27, cujo corpo foi encontrado em um sítio em Birigui, duas semanas atrás. A vítima residia no bairro João Crevelaro.

Segundo a polícia, o investigado confessou o assassinato, mas negou ter estuprado a vítima, que estava sem as roupas quando o corpo foi encontrado e com o cinto preso ao pescoço. O acusado disse à polícia que a matou asfixiada.

Ele foi preso na casa dele, no bairro Jardim São Braz, durante cumprimento de mandado de prisão temporária por 30 dias, expedido pela Justiça a pedido da Polícia Civil. Os investigadores estiveram no local acompanhados dos delegados Ícaro Oliveira Borges, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), e Eduardo Lima de Paula, titular da Delegacia do Município.

Preso

Os policiais foram recebidos por outro morador no imóvel, o qual autorizou a entrada e o jovem foi detido no quarto dele. Ao ser informado do mandado de prisão expedido na sexta-feira (26), no qual a Justiça também autoriza buscas no imóvel, o investigado alegou não possuir celular.

Porém, a polícia apreendeu um capacete que pode ter sido utilizado por ele no dia do crime, quando saiu de moto com Larissa.

Cocaína

Segundo o que foi apurado pela reportagem, o acusado alegou ter conhecido a vítima em um “bailão”. Na versão dele, durante o evento a mulher teria se aproximado ao vê-lo fazendo uso de cocaína. Ela teria pedido para consumir a droga juntos, depois eles deixaram o local de moto e foram para um motel, onde teriam mantido relação sexual.

Deixando o motel, eles foram ao bairro Portal da Pérola, onde teriam comprado mais cocaína, e de lá seguiram de moto para a chácara, onde fariam o consumo do entorpecente. Ele alegou que conhecia o local por ter morado em Araçatuba.

Quando estavam na chácara eles teriam se desentendido e Larissa teria partido para cima dele com um pedaço de madeira. Na versão do investigado, para se defender, ele deu um soco na barriga dela, que caiu. Quando a vítima estava no chão, ele teria utilizado o cinto do shorts dela para asfixiá-la. Ele negou tê-la estuprado.

Crime

O corpo de Larissa foi encontrado pelo filho do dono da chácara, que fica no local conhecido com “trevo da macumba” , na estrada municipal do Goulart. A vítima estava caída de bruços na grama, em área de pastagem, vestia apenas meias e um par de tênis e estava com o cinto jeans amarrado no pescoço.

O shorts dela estava próximo ao corpo, junto com um sutiã da cor preta, quebrado em duas partes. Também estava no local uma blusa vermelha de manga longa e, um pouco mais distante, havia um lápis de maquiagem.

Análise preliminar apontou coloração escura no rosto, possivelmente em decorrência de estrangulamento, e havia um hematoma na cabeça da vítima.

Exames

Com a prisão do investigado, a polícia irá aguardar o resultado do exame necroscópico e sexológico para saber a causa da morte e se houve violência ou abuso sexual. Também foi solicitado exame toxicológico, que poderá apontar se Larissa fez uso de cocaína, como alega o acusado do crime.

Inicialmente ele será indiciado por feminicídio duplamente qualificado, pelo motivo torpe e por asfixia. Após ser ouvido ele foi encaminhado à cadeia de Penápolis, onde permanecerá pelo menos durante os 30 dias da prisão temporária. A polícia dará sequência à investigação. 

 

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