Delegado Tadeu, do 1º DP, concluiu que a morte do rapaz foi uma fatalidade. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Polícia Civil conclui que morte de funcionário da Citroplast foi fatalidade e não homicídio

ANDRADINA – A Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Polícia de Andradina, com o delegado Tadeu Carvalho Coelho, concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã desta terça-feira (02), esclarecendo a morte do funcionário da Citroplast, Thainã Teixeira, de 20 anos, residente na Av. Rio Grande do Sul, bairro Feltrin, encontrado debaixo de vários pallets na manhã do último dia 19 de fevereiro. O caso que resultou em morte foi um acidente (fatalidade) e não homicídio, como abundantemente relatado erroneamente em redes sociais. O delegado deu por encerrado o caso e o remeterá à Justiça para as conclusões finais.

Segundo informações, Thainã foi encontrado por uma funcionária daquela indústria, embaixo de pelo menos 7paletts e deitado sobre outros dois, além de estar encoberto por pedaços de papel. Socorrido pelos bombeiros até a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, foi reanimado e transferido para a UTI – Unidade de Tratamento Intensivo da Santa Casa local, onde não resistiu aos ferimentos e foi a óbito na madrugada de sábado (20).

Como surgiram dezenas de boatos de que ele poderia ter sido assassinado, a Polícia Civil instaurou inquérito e ouviu pelo menos 30 pessoas, entre funcionários da indústria onde ele trabalhava, além de familiares, chegando a conclusão de que o fato nada mais foi do que uma fatalidade, uma tragédia, sem indícios de homicídio.

A demora na conclusão, segundo o delegado, deveu-se também ao fato de que o funcionário que operava a empilhadeira naquela fatalidade, não se apresentou espontaneamente e só sendo identificado no curso da investigação.   

Segundo o operador da empilhadeira declarou, a vítima foi se deitar sobre um pallet e se cobriu com um papelão, dificultando sua própria visualização. A morte até poderia ter sido evitada se outros funcionários tivessem atentado para o fato de alertar a vítima sobre os perigos de deitar-se em local tão perigoso.

Tadeu disse ainda que Thainã teria tido morte cerebral ainda no local devido à falta de oxigênio com o peso sobre seu tórax. Seu coração foi reanimado na UPA, mas acabou entrando em colapso tempos depois na UTI da Santa Casa.

Três mortes em explosão em 2017

Um explosão ocorrida às 22h30 do dia 25 de maio de 2017, em uma bateria de um cilindro de vapor da indústria de papel e papelão Citroplast, localizada no quilômetro 188 da rodovia Euclides Oliveira Figueiredo, a “Rodovia da Integração”, matou 3 operários daquele setor, quase no encerramento do turno, às 23h. Várias equipes do Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, brigadas de incêndio das usinas sucro-alcooleiras da região foram para o local, mas não havia mais nada a ser feito a não ser o trabalho de contenção e resfriamento das peças danificadas.

Morreram André Alves Carneiro, de 43 anos, residente na rua Evandro B. Calvoso, bairro Stella Maris, Claudinei Antunes Ventura, o “Cavalinho”, da rua Arlindo Monteverde, bairro Boa Vista (Santa Cecília), e Diego Rodrigues Silva, de 24, morador na rua Silva Jardim, Vila Feltrin.

A perícia técnico/científica compareceu ao local, que foi liberado para a retirada dos corpos, mas somente os de “Cavalinho” e Diego foram retirados primeiro, e o corpo de André só posteriormente a um grande trabalho de remoção de escombros. A Polícia Civil não divulgou informações sobre a conclusão desse caso.

MIL NOTICIAS/Agência

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