CASTILHO – A Delegacia Seccional de Andradina mobilizou um grande contingente de policiais civis na manhã de sexta-feira (18) para, junto com a Promotoria Pública de Andradina, deflagrar a “Operação Caixa de Pandora” na Prefeitura de Castilho, quando foram buscados documentos, extratos e contratos envolvendo a contratação de shows nas festas de peão da cidade realizadas nos anos de 2017, 2018 e 2019. O administrador da Prefeitura chegou a ficar sob custódia policial durante a ação, mas foi liberado ao término dos trabalhos.
A ‘Operação Caixa de Pandora’ em Castilho foi deflagrada para cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, relativos a inquérito que apura possível desvio de dinheiro público na contratação de shows artísticos pela administração municipal.
Segundo o delegado que coordenou a operação, Marcelo Zompero, oficialmente não poderia conceder entrevista no dia, mas a reportagem apurou que foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, sendo três para endereços na cidade de Castilho, incluindo a Prefeitura Municipal, o apartamento do advogado em um hotel na entrada da cidade, em um rancho onde ele costuma frequentar nos finais de semana e outro endereço em Presidente Prudente, onde reside oficialmente.
Ainda de acordo com Zompero, ninguém foi preso quando do desencadeamento da operação, pois ela teve o objetivo de coletar documentos e equipamentos, como computadores, que possam confirmar as fraudes que teriam ocorrido no período entre 2017 e 2019.
O advogado Antônio Carlos Galli, que é uma espécie mentor político da administração municipal, ficou sob a custódia da Polícia Civil enquanto os mandados de buscas eram realizados e foi assistido pelo advogado Sergio Ortuzal, Presidente da Comissão de Prerrogativas da 91a Subseção de Andradina. Galli ainda acompanhou os policiais civis até a Delegacia Seccional de Andradina, onde aguardou que toda a documentação apreendida fosse analisada, dando ciência do que iria fiar retido e retomando para si o que foi liberado. Ao término dos trabalhos ele foi finalmente liberado.
A diligência contou com a atuação de policiais civis das UIPs de Araçatuba e Presidente Prudente, da Delegacia de Polícia de Castilho, 2º DP, DIG , DISE e Delegacia Seccional de Andradina, sob a coordenação do Delegado de Polícia Dr. Marcelo da Silva Zompero. Também participaram da diligência os Delegados de Polícia Dr. Everson Continelli (UIP de Araçatuba), Dr. Carlos Sérgio Franco Falsiroli e Dr. Raoni Manoel Spetic da Selva, da Promotora de Justiça ( 2 ª PJ de Andradina), Dra. Regislaine Topassi, do Promotor de Justiça Dr. Pedro Romão ( Comarca de Presidente Prudente) e Presidentes da OAB da subseção de Andradina e Presidente Prudente.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Castilho concedeu entrevista coletiva a respeito da grande operação policial, que deixou a cidade em polvorosa, informando que a prefeita Fátima deixou as portas da Prefeitura abertas para qualquer tipo de fiscalização, afinal, ela é a maior interessada em saber o que se passa com sua administração. Vale salientar que em nenhum momento a prefeita foi alvo de investigação e até o momento não há nada que depõe contra ela ou sua administração no âmbito da “Operação Caixa de Pandora”.