José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/TV TEM

‘Nunca vi nada parecido’, diz delegado sobre soldador indiciado por 17 estupros no interior de SP

Segundo a polícia, três vítimas foram mortas e nove sofreram tentativa de homicídio. José Antônio Miranda da Silva, de 47 anos, teve a prisão preventiva decretada.

RIO PRETO – O delegado que investigou um soldador por uma série de estupros violentos contra mulheres afirmou que nunca tinha visto um caso parecido durante os cinco anos em que atua em São José do Rio Preto (SP). José Antônio Miranda da Silva, de 47 anos, foi indiciado por 17 estupros em cidades da região noroeste paulista.

José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/TV TEM

José foi preso em Rio Preto depois de meses de investigação — Foto: Reprodução/TV TEM

“Eu pedi a preventiva dele, e o juiz concedeu. Ele confessou que agrediu uma das mulheres com pedradas na cabeça”, informou o delegado da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) Wander Luciano Solgon.

Ainda de acordo com o delegado, das 17 vítimas, três delas foram mortas e nove sofreram tentativa de homicídio. A vítima que o criminoso assumiu ter agredido é a monitora Adriana de Melo. A ossada dela foi encontrada em um terreno, no bairro Vila Toninho, no ano passado.

Investigação

José foi preso em 19 de junho, no bairro Ouro Verde, em Rio Preto. Ele segue à disposição da Justiça no Centro de Detenção Provisória (CDP).

O caso começou a ser investigado pela polícia depois de mulheres relatarem que tinham sido estupradas e agredidas com extrema violência.

Os crimes foram cometidos de forma semelhante, fator que fez com os investigadores suspeitassem que um único criminoso poderia ser o responsável.

Uma das vítimas chegou a ser enterrada viva no mês de março de 2020, em Uchoa (SP). Na época, a jovem de 22 anos foi encontrada nua, suja de terra e com ferimentos pelo corpo. Ela pediu ajuda, foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Base.

“As mulheres tinham o porte físico e aparência parecidos”, afirmou Wander Solgon.

Outra mulher relatou à TV TEM como foi abordada pelo soldador na avenida Danilo Galeazzi depois de sair de um estabelecimento comercial com uma amiga. José mentiu e conseguiu fazer com que a vítima entrasse em seu veículo.

“O cara nos abordou e falou que minha filha grávida tinha passado mal, mas que ele tinha a levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jaguaré. No desespero, eu entrei no carro”, relembra.

“Assim que eu entrei, ele falou que era mentira e que era um sequestro. Então, ele começou a me bater, a dar tapa na minha cara, a me xingar de vagabunda e a dizer que me mataria. Eu só pensei em Deus e que minha vida tinha acabado”.

As investigações perduraram por meses, já que as vítimas, extremamente abaladas, não conseguiam descrever com detalhes as características do homem, mas sabiam que ele era negro e alto e que dirigia um carro branco.

“Espero que ele nunca mais saia da prisão, porque ele vai voltar a cometer crimes novamente, como já fez”, disse o delegado.

O veículo utilizado nos crimes foi a chave para a polícia chegar ao principal suspeito. Uma foto de José foi mostrada às vítimas, que o reconheceram como sendo o autor dos estupros.

O suspeito já cumpriu 20 anos de pena por homicídio e estupro, mas foi solto em 2017. Ou seja, ele cometeu todos os estupros e homicídios em três anos.

Fonte: G1

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!