SANTA FÉ DO SUL – Um aluno da rede municipal de ensino de Santa Fé do Sul teria ameaçado realizar um massacre em uma escola de Santa Fé do Sul, nos moldes do que aconteceu a quase um ano na cidade de Suzano, grande São Paulo.
Uma professora teria gravado um áudio e distribuído em grupos de WhasApp preocupada com a situação e recomendando que os pais não mandem seus filhos à escola no próximo dia 13 de março, sexta-feira.
Esse aluno estaria usando pseudônimo alusivos aos dois rapazes que efetuaram os disparos na Escola Estadual Professor Raul Brasil em Suzano. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, entraram encapuzados, com coturnos táticos e balaclavas de caveira na unidade escolar, efetuando diversos disparos de arma de fogo durante o horário do intervalo e atingindo dezenas de pessoas.
As autoridades de Santa Fé do Sul já estariam em alerta com essa possível ameaça, já que o fato vem sendo notificado que o massacre aconteceria no aniversário de um ano do fato em Suzano.
O aluno estaria afastado da escola, mas uma professora alega que o Ministério Público é contra ele ficar fora da escola. Em uma busca nos objetos pessoais do aluno, foi descoberto que ele pesquisou preços de armas, incluindo arco e flecha.
Até uma planta de uma das escolas da cidade foi encontrada nos pertences do aluno, que inicialmente atacaria a Escola Municipal Agnes Rondon Ribeiro e possivelmente a Escola Professor Itael de Mattos, com suspeitas de que outros alunos estariam fazendo parte do atentado.
A professora também informou que o juizado de Santa Fé do Sul chegou a interrogar o aluno no mês de janeiro deste ano e que ele confirmou que realizaria o massacre no dia 13 de março.
O CASO DE SUZANO
Um ataque a tiros à escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na manhã do dia 13 de março de 21019, deixou ao menos dez mortos e outras 17 pessoas feridas.
Antes invadirem a escola, os dois jovens encapuzados atiraram no dono de um lava-rápido próximo ao local. Essa primeira vítima passa por uma cirurgia na Santa Casa em Suzano, mas não há informações detalhadas sobre seu estado de saúde.
Minutos depois, segundo a Polícia Militar de São Paulo, a dupla entrou pela porta da frente da escola e atirou em uma coordenadora pedagógica e em uma funcionária da escola.
O ataque foi feito durante o intervalo, quando os alunos se concentram fora das salas de aula. No horário do crime, só havia estudantes do ensino médio na escola.
Em seguida, os dois atiradores se encaminharam até o pátio da Professor Raul Brasil, onde atiraram em quatro alunos. Na sequência, se dirigiram ao centro de línguas dentro da escola, mas estudantes conseguiram se trancar na sala com a professora.
“É um atentado de alguém que não tem o domínio de suas próprias faculdades”, afirmou Marcelo Vieira Salles, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Durante o ataque, uma câmera de segurança registrou alunos fugindo pela porta da frente e até pulando o muro.
ARMAMENTO
De acordo com a Polícia Militar, os atiradores que atacaram na escola de Suzano utilizaram um revólver de calibre 38 e tinham jet loaders. Os jet loaders são acessórios plásticos dotados de uma mola que auxiliam a recarregar o tambor de um revólver com muito mais rapidez do que é feito manualmente – cápsula por cápsula.
Apesar de a venda de armas ter restrições no país, o acessório pode ser encontrado facilmente em lojas e até mesmo on-line em sites de vendas. Nos anúncios, as peças são oferecidas por cerca de R$ 40.
Ainda de acordo com informações da PM, foram encontrados artefatos no local que podem ser explosivos. A escola foi evacuada.
Segundo o comandante-geral da polícia, os dois atiradores também estavam com uma besta e um arco e flecha.