Elza Mazin Tsubone, presidente da Camenor de Andradina; trabalho incansável em prol das crianças. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

CAMENOR precisa de ajuda da sociedade andradinense

ANDRADINA – Um pedido de socorro em rede social postado na tarde de quinta-feira (30), por representantes da Camenor – Casa do Menor “Leda Furquim Atílio”, mobilizou uma corrente humana em prol de arrecadação de leite para a entidade, que pedia socorro pela falta do produto para atender a demanda das 90 crianças assistidas naquele local e propiciou a arrecadação de mantimentos e muitos litros de leite. O problema de sexta-feira (31), foi resolvido, conforme constatou a reportagem, mas na próxima semana a mobilização precisa continuar.

O primeiro grito de socorro veio da presidente Elza Mazin Tsubone, que se viu sem forças ao ver que o freezer da entidade estava praticamente vazio e precisava arrecadar leite para servir aos 90 internos na sexta-feira (31).

Preocupada com a situação, ela pediu ajuda para a cabo PM Marlice Mangold que, mesmo em viagem a serviço na capital paulista, postou um novo pedido de socorro em rede social e em nome do grupo que idealizou, o Semeando Amor.

A resposta positiva foi imediata e vários grupes em whats App se mobilizaram, passando a solicitar a seus membros que fizessem as doações. Alguns levaram as caixas de leite diretamente até a sede da  Camenor, localizada na rua Joaquim Antônio Proença, nº 1416, na Vila Mineira e outros juntaram o que foi arrecada em determinados pontos e levaram a tarde ainda da sexta.

Um dos grandes entusiastas da ideia foi Adeilson, da loja Recruta dos Lobos, que arrecadou dezenas de litros durante o dia e encaminhou até a sede da entidade.

Quem quiser continuar doando leite, pode procurar a Recruta dos Lobos, localizada no cruzamento das ruas Paes Leme com Alexandre Salomão, centro, ou levar diretamente na sede da Camenor.

CARNE

Outro produto em falta na instituição é a carne. Como o quilo do produto é caro e são quase 100 bocas a serem alimentadas, geralmente é registrada a falta desse produto. Tempos atrás o frigorífico local, através de uma multa instituída pelo governo, fornecia carne para a entidade, porém, como acabou o período de pagamento, também cessou o fornecimento do produto. Desde então é uma ‘briga’ diária para se conseguir o valioso produto.

CAMENOR

A entidade já foi destinada a menores infratores na década de 80, e, antes da atual diretoria assumir, esteve em situação bastante complicada. Segundo a atual tesoureira, as contas até estão em dia, principalmente os tributos e a folha de pagamento, que é de aproximadamente R$ 17 mil mensais, porém, todo mês é uma ‘guerra’ para fazer a complementação.

Agora a entidade é destinada às crianças com idades entre seis e 14 anos e 11 meses, cujas famílias apresentam algum indicativo de vulnerabilidade social que leva em consideração desde critérios financeiros até emocionais.

Elas frequentam a instituição no contra turno escolar, ou seja, se estudam de manhã, frequentam o local e a tarde e assim vice versa no caso de estudarem à tarde. Os critérios para a referência são fornecidos pelo CRAS (Centro de Referência em Assistência Social). “Trata-se de um centro de convivência que trabalha para fortalecer o vínculo das crianças com suas famílias”.

TRIAGEM

A triagem é feita pelo CRAS e posteriormente eles são encaminhados para a CAMENOR. A coordenadora Andréa Baptista Fortes Kojo diz que não é só a criança que recebe auxílio. “Nós acompanhamos a família inteira”.

Na instituição os jovens desenvolvem atividades em grupo, frequentam a brinquedoteca, sala de informática, sala de cinema, cozinha e refeitório. Eles participam de oficinas de artesanato, capoeira e recebem café da manhã, almoço e lanche da tarde.

A instituição carrega até hoje o estigma de que quem frequenta o local são os menores infratores encaminhados pela justiça, o que não é verdade. Segundo a presidente Elza Mazin Tsubone, “hoje são crianças que tem uma vida social normal como todas as outras, apenas suas famílias tem desajustes, principalmente sociais/financeiros e a Camenor entra justamente para suprir parte disso”.

“Agradecemos imensamente todas as doações que estamos recebemos. Necessitamos, por exemplo, de itens como carnes e produtos de limpeza, por isso, aproveitamos a oportunidade para solicitarmos a colaboração do cidadão que quer doar”, disse Elza.

DOAÇÕES

Quem também quiser doar em espécie para ajudar as crianças atendidas pela Camenor o telefone é 3723-3899 e o endereço é rua Joaquim Antônio Proença, n°1416.

MIL NOTICIAS/Agência

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